sexta-feira, 31 de março de 2023 - 31/03/2023 00:37:08
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A castração de cães e gatos é muito mais que uma estratégia para o controle de natalidade. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), o procedimento pode diminuir em até 90% os casos de câncer de mama em cadelas e gatas.

O tumor de mama é um dos mais comuns entre os animais domésticos e, de acordo com o CFMV, pode acometer até 30% das fêmeas felinas e 45% das fêmeas caninas. Para os especialistas, a castração é um dos melhores meios de prevenir esse tipo de emergência veterinária.

Quando a fêmea não é castrada, ela é exposta a altas descargas de estrógeno a cada cio. Diversas pesquisas mostram que o hormônio, produzido pelos ovários, está relacionado à ocorrência de tumores na mama. Como na castração são retirados o útero e os ovários, esse risco diminui.

Ao contrário da crença popular de que seria necessário esperar a primeira cria para castrar as fêmeas, a recomendação dos especialistas é que elas sejam castradas antes do primeiro cio, que ocorre a partir dos seis meses de idade. 

Segundo especialistas, somente quando as gatas e cadelas são castradas precocemente a redução dos riscos chega a 90%, como citamos no início do texto. No entanto, mesmo depois desse período, a castração ainda pode funcionar como preventiva, mas com menor taxa de eficácia.

Castração de cães e gatos diminui risco de câncer
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Foto: Pexels

Entre as gatas, a incidência de câncer de mama é menor que nas cadelas, mas também pode ser mais grave. Estudos mostram que as gatas não castradas podem ter até sete vezes mais chances de desenvolver tumores malignos que aquelas que passaram pelo procedimento.

A idade é um fator de risco tanto para as cadelas quanto para as gatas, assim como acontece com as mulheres. O diagnóstico precoce, assim como nas humanas, é a melhor forma de garantir o sucesso do tratamento. Notar um aumento no volume das mamas é o principal sinal de alerta ao qual os tutores devem se atentar.

Para além da prevenção do câncer de mama, a castração traz outros benefícios para as fêmeas. Entre eles a prevenção de uma grave doença infecciosa no útero (Piometra) e cancro nas glândulas mamárias na fase adulta. 

Isso sem falar que evita os desconfortos — e transtornos para os tutores — do cio e as ocorrências de “gravidez psicológica”, que causam problemas como infecção das tetas e alterações de comportamento.

O que este artigo aborda:

Machos também devem ser castrados

A castração de cães e gatos — e não só para as fêmeas, mas também para os machos —, é um procedimento que faz parte de qualquer manual de tutoria responsável. Segundo especialistas, isso também ajuda a diminuir a incidência de câncer testicular nos adultos.

Mas o principal motivo é mesmo o controle de natalidade, especialmente se os seus animais convivem com outros ou se você tem mais de um gato ou cachorro em casa. A castração é o melhor jeito de diminuir o número de animais abandonados na rua e também de evitar o aumento da população animal na sua própria casa.

Para os machos, a castração no início da vida também traz outros benefícios, como a diminuição do comportamento agressivo, que resulta em briga com outros machos, e a necessidade de marcar território, fazendo xixi pela casa. 

A castração de gatos e cachorros também evita fugas e o constrangimento de animais que ficam tentando acasalar com os móveis ou com as visitas. Além disso, tanto em machos como em fêmeas, a castração praticamente elimina os riscos de contágio por doenças sexualmente transmissíveis.

Por fim, se você quer saber mais sobre a castração de cães e gatos, veja o vídeo do canal Premier Pet.

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