A cirurgia é uma das possibilidades de tratamento para as hemorroidas, mas esse nem sempre é um procedimento necessário. A operação é indicada em situações graves, mas a maioria dos casos pode ser tratada por meio de procedimentos ambulatoriais, feitos no próprio consultório médico.
Conforme esclarece a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), as hemorroidas são veias da região anal ou do reto que aumentam ou inflamam
Normalmente, essas veias se dilatam e se retraem durante o movimento intestinal, voltando ao normal. Contudo, o esforço repetitivo para evacuar pode tornar o processo de drenagem do sangue mais difícil na região e provocar as hemorroidas, seja por fezes endurecidas, intestino preso ou outra circunstância.
No Brasil, não há estatísticas conclusivas sobre número de casos de hemorroidas, mas, de acordo com a SBCP, estima-se que aproximadamente metade da população do mundo será afetada pelo problema em algum momento.
Já conforme o National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases, dos Estados Unidos, até 70% dos homens e mulheres tiveram ou terão hemorroida uma vez na vida pelo menos.
Em entrevista à imprensa, o proctologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Hélio Plapler, comentou a pesquisa, apontando que 30% desse total devem desenvolver a doença de forma crônica em algum grau.
O que este artigo aborda:
Sintomas
As hemorroidas podem ser externas ou internas. Quando o problema é interno, fica localizado acima do esfíncter anal e provoca sintomas agudos.
Quando é externo, tem aspecto similar a pelotas de sangue ou a varizes e ficam visíveis na borda do ânus.
Os sintomas incluem coceira provocada pelo inchaço das veias, já que a tensão sobre as terminações nervosas aumenta a dor ou o ardor durante ou depois da evacuação.
Além disso, outros sintomas são sangramento, devido ao rompimento das veias do ânus – com sinais de manchas de sangue ou sangue aguado perceptível no papel higiênico ou na roupa íntima – e saliência palpável no ânus.
Tratamentos
De acordo com a SBCP, o tratamento para a hemorróida pode ser tópico ou local, com o uso de pomadas e de supositórios, ou cirúrgico, para retirada das veias doentes.
Conforme avaliação de especialistas, grande parte dos casos de hemorroida pode ser tratada sem a necessidade de procedimento cirúrgicos.
Uma dessas opções é a ligadura elástica, uma técnica que consiste no estrangulamento da veia afetada por meio da colocação de pequenas borrachas nas hemorroidas, indicada, principalmente, para casos sintomáticos de hemorroida interna.
Quando esses tratamentos não apresentam resultados, outras alternativas são a Desarterialização Hemorroidária Transanal (THD) e o Procedimento para Prolapso Hemorroidário (PPH).
Já em casos mais graves ou em que nenhum outro método se mostrou eficaz, o paciente pode ser submetido à cirurgia.
A técnica mais comum é a hemorroidectomia, feita por meio de um corte. Geralmente, é necessário que o paciente fique internado por cerca de dois dias, e a recuperação pode demorar de uma semana a um mês, sendo fundamental manter uma boa higiene da região íntima ao longo desse período.
A recomendação é que o paciente procure um especialista assim que os sintomas surgirem. Dessa forma, aumentam as chances de ser possível tratar as hemorroidas sem cirurgias.
Além disso, é importante adotar medidas preventivas no dia a dia, como manter um bom funcionamento intestinal, uma vez que diarreia ou intestino preso podem irritar as hemorroidas e piorar os sintomas.
Artigos relacionados: