Os leilões do governo vêm se popularizando cada vez mais entre investidores, devido às suas oportunidades de adquirir posses de alto valor por preços bem reduzidos. Existe uma infinidade de leilões do gênero com grande diversidade de mercadorias, mas ultimamente o destaque fica com aqueles direcionados para o setor imobiliário. Com a atual crise financeira que assola o país e a taxa Selic em 13,75%, adquirir um imóvel que está sendo leiloado pode ser um negócio vantajoso, principalmente pelo preço.
Esses leilões geralmente são realizados em duas etapas, na primeira há uma tentativa de vender o imóvel pelo valor da avaliação. Dificilmente, isso acontece, então a casa ou o apartamento acaba indo para um segundo leilão, onde receberá um desconto que pode chegar a até 50%. Esse é o momento ideal para os investidores adquirirem bons imóveis para transformá-los em uma nova fonte de renda, seja através de aluguel ou revenda.
Contudo, se tratando de uma ação governamental, é evidente que existe todo um processo burocrático por trás, e é sempre necessário estar alerta a uma série de informações para não sair no prejuízo. Aqui explicamos tudo relacionado aos leilões judiciais, então saiba mais a seguir:
O que este artigo aborda:
Como funciona um leilão judicial?
Os leilões judiciais vendem mercadorias que foram confiscadas, e os motivos variam de acordo com o direcionamento do leilão. No caso dos imobiliários, todos os imóveis arrematados são provenientes de dívidas, seja no financiamento, nos impostos ou outras pendências financeiras do proprietário com órgãos governamentais. Todo leilão possui um edital, e lá é possível conferir tudo que será leiloado, o motivo, as condições do imóvel e diversas informações importantes, então quem tiver interesse não deve deixar de ler este documento com atenção.
Um leilão pode ser realizado tanto presencialmente quanto de forma 100% digital, informação que já fica prevista no edital. Desde o início da pandemia da Covid-19, o formato remoto vem ganhando cada vez mais espaço, então hoje em dia a maioria dos leilões judiciais é realizada pela internet. Caso seja presencial, fique atento ao local, pois a presença é obrigatória e, muitas vezes, pode ser inviável, dependendo do estado onde se mora. A vantagem do formato online é que é possível participar de leilões de imóveis realizados em todo o Brasil.
As inscrições são abertas tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas. É necessário estar devidamente cadastrado no site oficial de leilões judiciais, com toda a documentação em dia. As únicas restrições que existem são referentes ao devedor, que não pode participar do leilão nem enviar ninguém para representá-lo, o que inclui advogados, curadores, testamenteiros, administradores, etc. Por outro lado, o credor pode participar livremente.
Os participantes precisam ter um bom dinheiro em caixa, pois é necessário pagar o valor arrematado à vista e dentro do prazo de alguns dias – caso contrário, a compra não é efetivada. Ao finalizar essa etapa, o comprador deve comparecer até o local do imóvel para oficializar a posse, com todos os documentos e o mandado de entrega em mãos. Existe a possibilidade de o devedor tentar dificultar esse processo, mas, como trata-se de uma ordem judicial, a própria justiça resolverá o problema, então é uma transação totalmente segura.
É um bom investimento?
O mercado imobiliário sempre foi um investimento altamente rentável, e os leilões proporcionam aquisições bem mais em conta de uma grande diversidade de imóveis: casas, apartamentos, terrenos, galpões, etc. Tudo isso abre espaço para um mercado bem amplo, e o comprador dispõe de várias alternativas para fazer dinheiro com o que for adquirido. Além disso, investir em patrimônios físicos é uma das formas mais seguras e rentáveis de realizar investimentos.
No início da pandemia da Covid-19, o mercado imobiliário sofreu um duro golpe e teve de enfrentar uma das procuras mais baixas dos últimos tempos, o que levou a taxa Selic a atingir o menor valor já registrado em sua história. Isso ajudou a atrair mais pessoas e a reduzir o prejuízo, mas logo os juros voltaram às alturas, e agora a maioria da população está enfrentando dificuldades para financiar imóveis. Aqui entra outra oportunidade para o investidor, devido ao aumento na procura de casas para alugar e também à possibilidade de oferecer preços mais atrativos, já que o valor pago pelo imóvel foi bem menor que seu preço real.
Entretanto, é importante tomar bastante cuidado com os imóveis que estiver adquirindo em um leilão. Se atente ao estado de conservação da residência e também a qualquer imposto que possa estar pendente, pois, uma vez comprado, isso passa a ser responsabilidade do novo proprietário, e pode acabar dando mais prejuízo do que lucro. Outro ponto a ficar atento é se o imóvel está desocupado ou não, pois, quando existem pessoas morando ali, o processo de posse pode ser bem mais complicado.
Todas essas informações individuais de cada imóvel ficam disponíveis no edital do leilão. Caso ache necessário, consulte um advogado especializado antes de participar.
Por fim, se você ainda tem alguma dúvida em como adquirir imóveis em leilões judiciais, veja o vídeo do canal Parque dos Leilões.