sexta-feira, 31 de março de 2023 - 31/03/2023 06:21:08
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Quem tem o sonho de se tornar um profissional da medicina sabe que é preciso estudar muito. Após a graduação, vem o desafio da residência médica para quem deseja se especializar em alguma área. 

Mas, na prática, o que é residência médica? Ela é considerada um tipo de pós-graduação, sendo regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC). Confira a seguir mais detalhes sobre essa residência e qual é a  diferença que ela faz no seu currículo!

O que este artigo aborda:

O que é residência médica ?

O primeiro programa de residência médica surgiu em 1889 na Universidade John’s Hopkins, em Maryland, nos Estados Unidos. Já no Brasil, o primeiro programa de residência médica teve início no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em 1945. 

A regulamentação da residência médica  ocorreu no Brasil em 1977 e hoje é regida pelo MEC. Considerada um dos melhores tipos de pós-graduação, a residência médica é regida por leis específicas, mas pode ser considerado trabalhador CLT ou estagiário, dependendo da instituição em que trabalha. 

O regimento das residências médicas oferecidas no país é determinado pela Comissão Nacional de Residência Médica, constituída por órgãos do governo, representação dos residentes e entidades médicas. Diferentemente de outros cursos de pós-graduação, a residência médica precisa sempre ser supervisionada por algum médico já experiente naquela área de atuação.

Como funciona a residência médica?

Para cursar uma residência, os profissionais recém-formados devem prestar uma prova bastante concorrida. Os aprovados devem cumprir uma carga horária de 60 horas por semana, tendo direito a um dia de folga na semana. Durante a residência, o profissional realizará plantões.

É importante ter em mente que as responsabilidades dos residentes são as mesmas dos outros médicos da equipe. Além dos atendimentos em plantões, os residentes também devem atender em emergências, acompanhar pacientes internados e atender em emergências e ambulatórios.

No que se refere ao tempo de duração das residências médicas, isso depende da especialidade em questão. Enquanto boa  parte delas dura 2 anos, algumas áreas, como Pediatria e Neurocirurgia, podem chegar a três e cinco anos de duração, respectivamente.

E se o residente tiver problema que o impeça de concluir a residência médica no tempo estabelecido? Em casos específicos, há previsão de afastamento. Um exemplo disso é a prestação de serviço militar (o que dá ao residente a licença de um ano). Para as mulheres que acabaram de ter filhos, esse período é de quatro meses que podem ser estendidos por mais dois meses. Se o motivo do afastamento for por doença, o residente deve solicitar retorno do INSS até que volte à equipe.

Qual a importância da residência médica?

Assim que o estudante conclui a graduação em Medicina, ele obtém registro junto ao Conselho Regional de Medicina e pode atuar no mercado de trabalho. No entanto, nessas condições, pode atender somente como generalista, seja em instituições de saúde ou consultório particular.

Quem deseja atuar em alguma especialidade, precisa concluir uma residência nessa área. A residência é uma oportunidade de ter vivência teórica e prática na área de atuação escolhida, com experiências diversificadas que vão desde plantões, internações e emergência.

Além disso, ter cursado uma residência médica pode ser pré-requisito para trabalhar em determinadas especialidades médicas. Algumas das mais comuns nesse aspecto são Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia.

Por fim, quem pensa em prestar concurso público em órgãos de qualquer entidade da federação, ter residência pode aumentar a pontuação em concursos públicos, podendo iniciar a carreira de Medicina em órgãos federais, estaduais e municipais juntamente ao trabalho em clínica ou consultório.

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Marcela Ferreira

Enfermeira pós graduada com especialização em traumas, urgência e emergência. 12 anos de experiência na área de saúde mental na rede SUS do município de Belo Horizonte. Atuo com criança, adolescentes, adultos e usuários de múltiplas drogas.

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