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Ao longo dos anos estudos foram identificando a existência de doença auto imune, o que antes não era diagnosticado por falta de conhecimento, hoje em dia a tecnologia e a ciência contribuem para isso.

O diagnóstico precoce possibilita tratamento e evita a progressão da doença, fazendo com que a pessoa afetada tenha mais qualidade de vida.

Mas afinal, você sabe o que é uma doença auto imune e quais são as que mais afetam a população? Vamos falar um pouco mais sobre esse assunto, boa leitura.

O que este artigo aborda:

Doenças auto imunes: conheça 5 exemplos que atingem a população
Doenças auto imunes: conheça 5 exemplos que atingem a população
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O que é doença auto imune?

As doenças auto imunes são caracterizadas pelo fato de que o sistema imunológico produz anticorpos que atacam o próprio organismo.

São vários os motivos que podem levar ao desenvolvimento das doenças auto imunes, desde fatores genéticos até fatores ambientais.

Existem diferentes doenças desse grupo que afetam os brasileiros e pessoas ao redor do mundo, a seguir você vai conhecer algumas delas, como se manifestam no corpo e quais os tratamentos possíveis.

Principais doenças auto imunes

O grupo das doenças auto imunes é grande, vamos citar aqui 5 das principais, o que são, quais os sintomas e como tratar. Confira:

Artrite reumatoide

Artrite reumatoide é uma doença que causa a inflamação e o inchaço das articulações do corpo humano. Isso acontece devido a ações do próprio sistema imune da pessoa que ataca o corpo.

Embora acometa mais as articulações, conhecidas como juntas, trata-se de uma doença que pode afetar qualquer órgão e tecido. 

A artrite reumatoide é considerada uma doença sistêmica e progressiva, ela atinge cerca de 1% da população mundial e não possui uma causa definida. Apesar disso, alguns fatores podem estar relacionados com o desenvolvimento da doença.

Causas da artrite reumatoide

Como mencionado anteriormente, não é possível afirmar uma causa específica para a artrite reumatoide, mas ela pode estar relacionada a fatores como:

  • Genética: nota-se em estudos que a frequência de pessoas com artrite reumatoide é 3 vezes maior em parentes de primeiro grau;
  • Comportamentais: o tabagismo pode estar relacionado ao surgimento da artrite reumatoide;
  • Hormonal: a doença costuma aparecer mais em mulheres, estando ligada a questões hormonais, principalmente o hormônio estrógeno, que está ligado a outras doenças auto imunes;
  • Vírus e bactérias: estudos buscam saber se há uma relação entre infecções por vírus e a artrite reumatoide, assim como descobriu-se que a bactéria Porphyromonas está ligada a alguns casos de desenvolvimento da doença.
Sintomas de artrite reumatoide

No início a artrite reumatoide pode se manifestar com inchaço nas articulações, começando por apenas uma ou poucas delas. Os sintomas incluem:

  • Dor nas articulações;
  • Inchaço nas articulações;
  • Aumento da temperatura nas articulações;
  • Rigidez nas articulações pela manhã;
  • Nódulos reumatoides;
  • Fadiga;
  • Febre
  • Perda de peso.

É importante que ao manifestar esses sintomas a pessoa procure por um médico reumatologista para iniciar o tratamento.

Artrite reumatoide tem cura?

Ainda não existe uma cura para a doença, mas os tratamentos desenvolvidos ao longo dos anos permitem mais qualidade de vida ao paciente e regridem a progressão dos sintomas.

Além do uso de medicamentos para controlar a doença, pode ser aconselhada sessões de fisioterapia que ajudam na reabilitação das pessoas já acometidas pelos sintomas.

Lúpus Eritematoso Sistêmico

Outra doença autoimune que afeta muitas pessoas é o lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), ou apenas conhecido como lúpus. Trata-se de uma doença inflamatória crônica que ataca as células saudáveis do corpo humano, podendo levar a lesões em diferentes órgãos.

O lúpus pode se manifestar e progredir de forma lenta ou muito rápida, além disso existem momentos de atividade e de remissão. Por estar ligada a mutações genéticas, a doença costuma se desenvolver já em pacientes jovens.

Causas do lúpus

Assim como grande parte das doenças auto imunes, não é possível afirmar uma causa para o lúpus. Porém, sabe-se que está relacionada a fatores genéticos, hormonais e ambientais.

Logo, as pessoas que nascem com essa condição em sua genética podem desenvolver a doença devido a interação com fatores ambientais e hormonais. Por exemplo a radiação solar, vírus e bactérias.

Com o desenvolvimento do lúpus, as pessoas passam a ter alterações no sistema imunológico, como o desequilíbrio na produção de anticorpos, as células de defesa do nosso corpo.

Sintomas do lúpus (h5)

Os sintomas dessa doença vão variar de acordo com o estado em que se encontra: remissão ou atividade. As manifestações clínicas acontecem nos períodos chamados de “crises” e podem envolver:

  • Fadiga;
  • Febre;
  • Perda de peso;
  • Falta de apetite;
  • Rigidez muscular;
  • Dor nas articulações;
  • Lesões na pele;
  • Dificuldade para respirar;
  • Rash cutâneo.

O chamado rash cutâneo é uma mancha vermelha que surge no rosto em forma de borboleta e é um dos sintomas mais característicos da doença.

Esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença neurológica, caracterizada pela destruição da bainha de mielina. A bainha de mielina trata-se de uma estrutura que está ligada aos neurônios e faz parte da transmissão dos impulsos nervosos.

Essa destruição ocorre porque o próprio sistema imunológico ataca o corpo e causa o comprometimento do sistema nervoso.

Causas da esclerose múltipla

Assim como as demais doenças auto imunes já citadas aqui, a esclerose múltipla não possui uma causa definida.  Mas em estudos foi encontrada a relação com fatores como genética, fatores ambientais, hormonais e alguns vírus.

Sintomas da esclerose múltipla

Os sintomas de esclerose múltipla vão progredindo com o avanço da doença, podemos citar entre eles:

  • Dificuldade de equilíbrio;
  • Falha na coordenação motora;
  • Fadiga;
  • Problema de visão;
  • Incontinência ou retenção urinária;
  • Rigidez muscular;
  • Espasmos;
  • Problemas de memória;
  • Formigamento e dormência em partes do corpo;
  • Dificuldade para assimilar informações.

Os sintomas podem se manifestar em momentos de crise e desaparecer, assim como também podem aparecer e piorar de forma progressiva.

Esclerose múltipla tratamento

A esclerose múltipla não tem cura, mas a ciência tem avançado muito nos tratamentos de controle da progressão da doença.

Os medicamentos utilizados têm como objetivo aliviar os sintomas e permitir mais qualidade de vida ao paciente, podendo ser indicados remédios como corticoides, anti-inflamatórios e imunoglobulinas.

Trata-se de um acompanhamento para vida toda, por isso o conselho para quem sofre com esclerose múltipla é buscar opções de planos de saúde Unimed para garantir seu tratamento.

Anemia Hemolítica

A anemia hemolítica é outra doença caracterizada por um distúrbio no sistema imune, o corpo passa a produzir anticorpos que atacam as hemácias do sangue, o que leva a um quadro de anemia.

Essa doença é mais comum de aparecer em jovens e adultos e assim como nas demais, não existe uma causa definida. Porém, acredita-se que algumas infecções, uso de medicamentos e até mesmo a existência de outra doença auto imune sejam fatores relacionados.

Sintomas da anemia hemolítica

Os sintomas da anemia hemolítica auto imune podem ser bem parecidos com o de uma anemia comum. Veja:

  • Fadiga;
  • Cansaço excessivo;
  • Arrepios;
  • Pulsação acelerada;
  • Palidez;
  • Dor no peito;
  • Escurecimento da urina;
  • Plenitude abdominal.

A sensação de plenitude abdominal ocorre devido ao crescimento do baço, uma das consequências da doença.

Tratamento da anemia hemolítica

Para realizar o tratamento correto é preciso saber qual a origem da anemia hemolítica. Por exemplo, em casos onde a anemia se desenvolveu devido a existência de outra doença auto imune, primeiro é realizado o tratamento para essa doença.

Existem casos onde alguma medicação é a causa da anemia hemolítica, logo, é preciso suspender o uso dos remédios para que se obtenha melhora ou então realizar a substituição.

Em situações mais leves, não é necessário fazer o uso de remédios para o tratamento, apenas um monitoramento constante. Se for preciso tratamento medicamentoso, o corticoide prednisona é o mais utilizado.

Vitiligo

O vitiligo é uma doença na qual ocorre a destruição dos melanócitos, os melanócitos são células que são responsáveis pela produção de melanina, proteína que garante a coloração da nossa pele.

Essa destruição das células melanócitos se dá devido a descompensação do sistema imune, no qual ele ataca seu próprio corpo, assim como nas demais doenças aqui citadas.

Sintomas de vitiligo

O sintoma que mais caracteriza a doença é a descoloração de algumas partes do corpo. Essas manchas podem aparecer em qualquer região como boca, braços, mãos e até mesmo cabelos, barbas e sobrancelhas.

Geralmente, essas manchas surgem em locais do corpo com mais exposição ao sol, mas não é uma regra do vitiligo.

Tratamento para vitiligo

O vitiligo não possui cura, porém os tratamentos tem como o objetivo a melhora na aparência da pele. Por se tratar de uma pele mais sensível, vários cuidados são necessários.

O tratamento é orientado por um dermatologista que pode indicar pomadas e cremes com corticoides para diminuir a progressão da doença. Além disso, a fototerapia pode ser uma opção.

Conclusão

As doenças aqui apresentadas são apenas algumas das existentes, é possível perceber que elas possuem algumas semelhanças. 

Por exemplo, o fato de que as causas não são bem definidas, acredita-se na influência genética, ambiental, hormonal e alguns outros fatores, porém ainda é necessário muito estudo.

O que podemos afirmar é que houve um grande avanço no diagnóstico dessas doenças auto imunes, o que facilitou o início dos tratamentos, permitindo mais qualidade de vida aos pacientes.

A ciência ainda busca mais respostas para essas complexas doenças, mas aos poucos as soluções vão sendo encontradas.

Por fim, se você quiser saber mais sobre as doenças auto imunes, veja o vídeo do canal Hospital Israelita Albert Einstein.

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Marcela Ferreira

Enfermeira pós graduada com especialização em traumas, urgência e emergência. 12 anos de experiência na área de saúde mental na rede SUS do município de Belo Horizonte. Atuo com criança, adolescentes, adultos e usuários de múltiplas drogas.

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